quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SÉRIE COLÔNIA NOSSO LAR - REUNIÃO 24.08.2011



CAPÍTULO XVI

Não se pode servir a Deus e a mamon


Emprego da riqueza


11. Não podeis servir a Deus e a Mamon. Guardai bem isso em lembrança, vós, a quem o amor do ouro domina; vós, que venderíeis a alma para possuir tesouros, porque eles permitem vos eleveis acima dos outros homens e vos proporcionam os gozos das paixões que vos escravizam. Não; não podeis servir a Deus e a Mamon! Se, pois, sentis vossa alma dominada pelas cobiças da carne, dai-vos pressa em alijar o jugo que vos oprime, porquanto Deus, justo e severo, vos dirá: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei? Esse poderoso móvel de boas obras exclusivamente o empregaste na tua satisfação pessoal.
Qual, então, o melhor emprego que se pode dar à riqueza? Procurai - nestas palavras: "Amai-vos uns aos outros", a solução do problema. Elas guardam o segredo do bom emprego das riquezas. Aquele que se acha animado do amor do próximo tem aí toda traçada a sua linha de proceder. Na caridade está, para as riquezas, o emprego que mais apraz a Deus. Não nos referimos, é claro, a essa caridade fria e egoísta, que consiste em a criatura espalhar ao seu derredor o supérfluo de uma existência dourada. Referimo-nos à caridade plena de amor, que procura a desgraça e a ergue, sem a humilhar. Rico!... dá do que te sobra; faze mais: dá um pouco do que te é necessário, porquanto o de que necessitas ainda é supérfluo. Mas, dá com sabedoria. Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às origens do mal. Alivia, primeiro; em seguida, informa-te, e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola. Difunde em torno de ti, como os socorros materiais, o amor de Deus, o amor do trabalho, o amor do próximo. Coloca tuas riquezas sobre uma base que nunca lhes faltará e que te trará grandes lucros: a das boas obras. A riqueza da inteligência deves utilizá-la como a do ouro. Derrama em tomo de ti os tesouros da instrução; derrama sobre teus irmãos os tesouros do teu amor e eles frutificarão. -Cheverus. (Bordéus, 1861.)
12. Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade. Dir-se-ia, diante da atividade que desenvolveis, tratar-se de uma questão do mais alto interesse para a humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em condições de satisfazer a necessidades exageradas, à vaidade, ou de vos entregardes a excessos. Que de penas, de amofinações, de tormentos cada um se impõe; que de noites de insônia, para aumentar haveres muitas vezes mais que suficientes! Por cúmulo de cegueira, freqüentemente se encontram pessoas, escravizadas a penosos trabalhos pelo amor imoderado da riqueza e dos gozos que ela proporciona, a se vangloriarem de viver uma existência dita de sacrifício e de mérito - como se trabalhassem para os outros e não para si mesmas! Insensatos! Credes, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo, pela cupidez ou pelo orgulho, enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social? Unicamente no vosso corpo haveis pensado; seu bem-estar, seus prazeres foram o objeto exclusivo da vossa solicitude egoística. Por ele, que morre, desprezastes o vosso Espírito, que viverá sempre. Por isso mesmo, esse senhor tão animado e acariciado se tornou o vosso tirano; ele manda sobre o vosso Espírito, que se lhe constituiu escravo. Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou? -Um Espírito Protetor. (Cracóvia, l861.)
13. Sendo o homem o depositário, o administrador dos bens que Deus lhe pôs nas mãos, contas severas lhe serão pedidas do emprego que lhes haja ele dado, em virtude do seu livre-arbítrio. O mau uso consiste em os aplicar exclusivamente na sua satisfação pessoal; bom é o uso, ao contrário, todas as vezes que deles resulta um bem qualquer para outrem. O merecimento de cada um está na proporção do sacrifício que se impõe a si mesmo. A beneficência é apenas um modo de empregar-se a riqueza; ela dá alívio à miséria presente; aplaca a fome, preserva do frio e proporciona abrigo ao que não o tem. Dever, porem, igualmente imperioso e meritório é o de prevenir a miséria. Tal, sobretudo, a missão das grandes fortunas, missão a ser cumprida mediante os trabalhos de todo gênero que com elas se podem executar. Nem, pelo fato de tirarem desses trabalhos legítimo proveito os que assim as empregam, deixaria de existir o bem resultante delas, porquanto o trabalho desenvolve a inteligência e exalça a dignidade do homem, facultando-lhe dizer, altivo, que ganha o pão que come, enquanto a esmola humilha e degrada. A riqueza concentrada em uma mão deve ser qual fonte de água viva que espalha a fecundidade e o bem-estar ao seu derredor. O vós, ricos, que a empregardes segundo as vistas do Senhor! O vosso coração será o primeiro a dessedentar-se nessa fonte benfazeja; já nesta existência fruireis os inefáveis gozos da alma, em vez dos gozos materiais do egoísta, que produzem no coração o vazio. Vossos nomes serão benditos na Terra e, quando a deixardes, o soberano Senhor vos dirá, como na parábola dos talentos: "Bom e fiel servo, entra na alegria do teu Senhor." Nessa parábola, o servidor que enterrou o dinheiro que lhe fora confiado é a representação dos avarentos, em cujas mãos se conserva improdutiva a riqueza. Se, entretanto, Jesus fala principalmente das esmolas, é que naquele tempo e no país em que ele vivia não se conheciam os trabalhos que as artes e a indústria criaram depois e nas quais as riquezas podem ser aplicadas utilmente para o bem geral. A todos os que podem dar, pouco ou muito, direi, pois: dai esmola quando for preciso; mas, tanto quanto possível, convertei-a em salário, a fim de que aquele que a receba não se envergonhe dela. - Fénelon. (Argel, 1860.)

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SENTINELAS DO CRISTO - IRMÃO BELARMINO


Sentinelas do Cristo

Amados Irmãos, saudações de paz e amor!

É muito importante que todo trabalhador que serve ao Mestre Jesus, tenha em mente que  sua tarefa é um grande desafio em qualquer tempo da humanidade.

Sempre terão condições de superar, bastando para isso que se mantenham serenos e preparados para os reveses que sempre parecem envolver os que se dedicam a servir ao Mestre.

E nada é por acaso.

Quando vocês escolhem o caminho do aprendizado, do burilamento e do aperfeiçoamento do espírito, gostaria de lhes dizer, não façam nada de que venham a se arrepender, na dúvida, não concluam.

Digo-lhes isto, pois vemos comumente muitos abandonarem o crescimento que os estudos espirituais ofertam a todos, por mera especulação pessoal.

O reconhecimento como vocês sabem, nunca será o norte de nenhum Irmão em aperfeiçoamento, pois o que os move é o amor e a vontade sincera em superar os próprios limites pessoais.

A avaliação deve ser a que vocês realizarem diante do Altar da Consciência, pois conhecem os valores elevados e com eles procuram se manter em equilíbrio, não é assim?

A bem da verdade, a consciência é o termômetro que melhor os coloca em situação de alerta, diante dos fatos que poderiam lhes trazer desequilíbrio das emoções e sentimentos sob alguma espécie de teste.

Os sentimentos elevados, buscando harmonizar-se com àqueles que lhes são próximos, bem como a perseverança em agir no sentido do bem de todos os envolvidos, é a garantia da consciência tranquila, pois a paz é o bem a ser preservado.

Interiorizar-se com suas questões, é reconhecer que os valores Cristãos, deixados pelo Mestre são os únicos tesouros que a alma pretende acumular no interior do seu coração.

A fortuna do amor distribuída em abundância ao próximo, deve ser o que os sustenta na realidade cotidiana, amparando e sustentando, estarão vibrando pela fraternidade e o equilíbrio do que possuem em abundância, compartilhando quando podem com àqueles que a Misericórdia Divina coloca no caminho.

Sabeis usufruir e distribuir os bens que Deus concede a todos, e assim usufruirão desde agora os benefícios da recompensa daqueles que acumulam as riquezas dos céus, pois nenhuma traça poderá lhes roubá-las.

Que a abundância do amor de cristo seja a fortuna a ser distribuída entre todos os seus Irmãos na Terra.


Eu sou Vosso Irmão Belarmino


Psicografia de Elisangelis em 24.08.2011



SICÔMOROS - JOSÉ DE ARIMATÉIA



Sicômoros*

Os Irmãos da Antiga Roma reuniam-se em locais distantes da agitação urbana para falarem da nova doutrina do Cristo.

Temerosos da ação repressiva do Império da época mantinham suas identidades preservadas, pois a pena era a de morte, caso fossem acusados de traição ao Imperador, como era a hipótese dos que acompanham a doutrina religiosa recém anunciada pelo Cristo Jesus.

Éramos muitos e quando nos encontrávamos em nossas cavernas, casas abandonadas, reclusões discretas, bebíamos os ensinamentos que os mais veteranos transmitia-nos...

As reuniões eram esperadas como o noivo aguarda a noiva em sua boda nupcial.

As dificuldades para se contactar as idéias difundidas pelo Mestre e seus Discípulos eram cautelosamente transportas, mediante fé e perseverança de todos os participantes.

Hoje, 2000 anos após, os encontros podem ser realizados em vias públicas, locais públicos previamente autorizados para tanto, cuja linguagem não mais possuiu o segredo de outrora, nem mesmo o ar proibitivo.

No entanto, a presença nesses lugares destinados aos estudos religiosos, por não mais ser secreto parecem não mais despertar a curiosidade do passado.

É sabido que o conhecimento é formulado no interior de cada um, no entanto, é imprescindível àquele que busca crescer em sua jornada espiritual, pois a troca afetuosa dos ensinamentos que o Cristianismo clarifica traz a paz necessária para o equilíbrio social e familiar.

Amados Irmãos, é salutar que incentivem os estudos em pequenos grupos, pois as células são a centelha de luz que poderão assim trazer-lhes a renovação necessária aos que caminham na jornada redentora da Terra.

Fortalecer a raiz para que independente das intempéries possa resistir a todos os fenômenos climáticos que ponham em risco vossa árvore frondosa, cujos frutos se não aproveitados no momento presente, certamente o serão no futuro, bastando para isso que estejam firmes como o Sicômoro.

Persistam, a vontade em alcançar a essência do amor Cristão é a força que os mantém conectados à seiva que alimenta o caule da alma e os fortalece o espírito aprendiz.

Eu sou o Irmão José de Arimatéia



Psicografia de Elisangelis em 24.08.2011


Nota: Sicômoro*

Sicômoro
[hebr.: shiqmáh].

Esta árvore mencionada nas Escrituras Hebraicas não tem nenhuma relação com o sicômoro norte-americano, que é um tipo de plátano (ou falso-plátano). Pelo que parece, trata-se do “sicômoro-figueira” de Lucas 19:4. Esta árvore (Ficus sycomorus) tem frutos semelhantes aos da figueira comum, mas sua folhagem é semelhante à da amoreira. Atinge a altura de 10 a 15 m, é resistente, e pode atingir várias centenas de anos de vida. Dessemelhante da figueira comum, o sicômoro (sicômoro-figueira) é uma sempre-verde. Ao passo que suas folhas em forma de coração são menores que as da figueira, a folhagem é densa e ampla, e a árvore oferece uma boa sombra. Por este motivo, freqüentemente era plantada à beira das estradas. O tronco curto e robusto logo se ramifica com os ramos mais baixos perto do solo, e isto tornava a árvore conveniente à beira da estrada para um homem baixo, tal como Zaqueu, subir nela para ver Jesus. — Lu 19:2-4.

Os figos crescem em cachos abundantes, são menores do que os da figueira comum e são inferiores a eles. Atualmente, é costume dos cultivadores egípcios e cipriotas de sicômoros(-figueira) pungir os frutos prematuros com um prego ou outro instrumento pontiagudo, para tornar o fruto comestível. O risco ou furo nos figos verdoengos do sicômoro provoca um acentuado aumento na emanação do gás etileno, o que acelera consideravelmente (de três a oito vezes) o crescimento e o amadurecimento do fruto. Isto é importante, visto que de outro modo o fruto não se desenvolve plenamente e continua duro, ou é estragado por vespas parasíticas que penetram no fruto e habitam nele para reprodução. Isto lança alguma luz sobre a ocupação do profeta Amós, que descreve a si mesmo como “boeiro e riscador de figos de sicômoros”. — Am 7:14.

Além de crescerem no vale do Jordão (Lu 19:1, 4) e em torno de Tecoa (Am 1:1; 7:14), os sicômoros eram especialmente abundantes nas terras baixas da Sefelá (1Rs 10:27; 2Cr 1:15; 9:27), e embora seu fruto não fosse da qualidade da figueira comum, o Rei Davi o achava de valor suficiente para colocar os pomares da Sefelá sob um administrador. (1Cr 27:28) Os sicômoros(-figueira) evidentemente eram abundantes no Egito na época das Dez Pragas, e continuam a prover ali alimento até hoje. (Sal 78:47) A madeira é um tanto macia e porosa, e bastante inferior à do cedro, mas é bem durável e era muito usada em construção. (Is 9:10) Encontraram-se em túmulos egípcios caixões de múmias, feitos de sicômoro, que ainda estão em boas condições depois de uns 3.000 anos.

A TOLERÂNCIA - IRMÃO EUCLIDES



A Tolerância

Amados Irmãos na Seara Cristã da Redenção, que a paz, a fé e a perseverança estejam em vossos corações!

Quando encontram situações do dia a dia que vos pedem a tolerância, olhais para trás e verão quantos ainda aguardam pela oportunidade encarnatória, e dos quais, o irmão diante de si ainda percorre a fim de alçar um passo diante da caminhada evolutiva.

Tolerar significa abster-se da própria opinião, respeitando o estágio no qual o próximo se encontra, afinal, somos credores da misericórdia divina.

A misericórdia divina amplia e elastece as oportunidades, quando temos a intenção pura de aprendermos segundo a vontade do Pai Celestial.

Aceitar a limitação alheia é em primeira análise, também reconhecer que somos limitados, e estamos de igual modo, em estágio de aprendizagem, cujas lições encontram-se em níveis diversos.

Mas, nem por isso, a opinião distinta do irmão é inválida ou desprezível, quando imbuída de sentimentos puros, é o melhor que se lhe apresenta.

Paciência, amor e compaixão devem ser exercidos como testemunhos de fé e, principalmente, de amor ao próximo, como nos ensinou o amado Cristo Jesus.

Tolerar é ainda compreender que o próximo está caminhando conosco na mesma estrada, mas por escolha pessoal, envereda pelos atalhos que sua compreensão e consciência admitem como verdadeiras, e não temos o direito, se não formos consultados de opinarmos contrariamente, pois estaríamos julgando sua escolha.

Respeitar o próximo, tolerando suas escolhas pessoais, é e sempre será a única forma de convivência pacífica. Contudo, não mais se exaltem diante de opiniões distintas, ouçam-na com amor e ofereçam a caridade da audição.

Quando somos chamados a ouvir a posição doutrinária de um ou de outro, apenas ouvimos, mas quando somos convidados a opinar, é necessário agir com clareza e sinceridade expondo sucintamente sua crença, respeitando a posição contrária diante de si.

A postura do expositor é a do professor que expõe de maneira neutra, equilibrada, sem esperar que haja concordância de seu interlocutor, pois o diálogo é exatamente a apresentação de idéias nem sempre convergentes.

Manter o diálogo possibilita ao interlocutor, respeitado em sua posição doutrinária a renovar novo diálogo, observando a postura do interlocutor, bem como seus argumentos, pacientemente, sem a pretensão de conversão.

Tolerar, Respeitar e Amar é o Lema.

Como nos ensina o mestre Jesus, amemos em qualquer circunstância!

Que a paz, o amor e a caridade sejam convosco, agora e sempre!

Eu sou Vosso Irmão Euclides


Psicografia de Elisangelis em 24.08.2011



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

SÉRIE COLÔNIA NOSSO LAR - REUNIÃO 10.08.2011




INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Perdão das ofensas

14. Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes. Aí tendes um dos ensinos de Jesus que mais vos devem percutir a inteligência e mais alto falar ao coração. Confrontai essas palavras de misericórdia com a oração tão simples, tão resumida e tão grande em suas aspirações, que ensinou a seus discípulos, e o mesmo pensamento se vos deparará sempre. Ele, o justo por excelência, responde a Pedro: perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes quantas ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos e às injúrias; serás brando e humilde de coração, sem medir a tua mansuetude; farás, enfim, o que desejas que o Pai celestial por ti faça. Não está ele a te perdoar freqüentemente? Conta porventura as vezes que o seu perdão desce a te apagar as faltas?
Prestai, pois, ouvidos a essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos até do vosso amor. Dai, que o Senhor vos restituirá; perdoai, que o Senhor vos perdoará; abaixai-vos, que o Senhor vos elevará; humilhai-vos, que o Senhor fará vos assenteis à sua direita.
Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte dAquele que, do alto dos esplendores celestes, vos tem sempre sob as suas vistas e prossegue com amor na tarefa ingrata a que deu começo, faz dezoito séculos. Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que se vos perdoe. Se seus atos pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo aí tendes para serdes indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal. Nenhum merecimento teríeis em relevar os agravos dos vossos irmãos, desde que não passassem de simples arranhões.
Espíritas, jamais vos esqueçais de que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que enveredou por esse caminho não tem que se afastar daí, ainda que por pensamento, uma vez que sois responsáveis pelos vossos pensamentos, os quais todos Deus conhece. Cuidai, portanto, de os expungir de todo sentimento de rancor. Deus sabe o que demora no fundo do coração de cada um de seus filhos. Feliz, pois, daquele que pode todas as noites adormecer, dizendo: Nada tenho contra o meu próximo. Simeão. (Bordéus, 1862.)
15. Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência? Oh! ai daquele que diz: "Nunca perdoarei", pois pronuncia a sua própria condenação. Quem sabe, aliás, se, descendo ao fundo de vós mesmos, não reconhecereis que fostes o agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por uma alfinetada e acaba por uma ruptura, não fostes quem atirou o primeiro golpe, se vos não escapou alguma palavra injuriosa, se não procedestes com toda a moderação necessária? Sem dúvida, o vosso adversário andou mal em se mostrar excessivamente suscetível; razão de mais para serdes indulgentes e para não vos tomardes merecedores da invectiva que lhe lançastes. Admitamos que, em dada circunstância, fostes realmente ofendido: quem dirá que não envenenastes as coisas por meio de represálias e que não fizestes degenerasse em querela grave o que houvera podido cair facilmente no olvido? Se de vós dependia impedir as conseqüências do fato e não as impedistes, sois culpados. Admitamos, finalmente, que de nenhuma censura vos reconheceis merecedores: mostrai-vos dementes e com isso só fareis que o vosso mérito cresça.
Mas, há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muitas pessoas dizem, com referência ao seu adversário: "Eu lhe perdôo", mas, interiormente, alegram-se com o mal que lhe advém, comentando que ele tem o que merece. Quantos não dizem: "Perdôo" e acrescentam. "mas, não me reconciliarei nunca; não quero tornar a vê-lo em toda a minha vida." Será esse o perdão, segundo o Evangelho? Não; o perdão verdadeiro, o perdão cristão é aquele que lança um véu sobre o passado; esse o único que vos será levado em conta, visto que Deus não se satisfaz com as aparências. Ele sonda o recesso do coração e os mais secretos pensamentos. Ninguém se lhe impõe por meio de vãs palavras e de simulacros. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é peculiar às grandes almas; o rancor é sempre sinal de baixeza e de inferioridade. Não olvideis que o verdadeiro perdão se reconhece muito mais pelos atos do que pelas palavras. - Paulo, apóstolo. (Lião, 1861.)


PARA LER AS MENSAGENS RECEBIDAS DURANTE A REUNIÃO, CLIQUE NO TÍTULO ABAIXO:


QUEM JOGARÁ A PRIMEIRA PEDRA? - DR. BEZERRA DE MENEZES




Quem Jogará a Primeira Pedra?

Amados Irmãos, desejo paz, alegria e fraternidade entre todos!

Não há na Seara da Redenção quem não tenha indícios de recaídas nas fraquezas que o espírito luta em rechaçar, a todo custo, de sua presente jornada.

Hoje, ontem e amanhã, muitos se reencontram diante de situações que reproduzem o quadro das descidas do passado, cuja renovação e perseverança no bem, atraem-na a fim de que, agora preparados, possam realizar a superação que o espírito necessita, para seguir sua caminhada.

Todos mergulhados na experiência terrena, sem exceção, na busca incessante da perfeição são desafiados por todas as formas de manifestação da vida.

As fraquezas que caracterizam essa ou àquela alma, a condescendência aos valores mundanos, superficiais e frívolos, predominam em todos os grupos sociais, independente da raça, casta ou religião, diferenças que dividem, são exaltadas por àqueles que pretendem justificar sua injustificável sede de Poder.

Não julgando, mas colocando-se diante de tantos desafios que caminham contrariamente aos ensinamentos Cristãos de solidariedade, Amor e Fraternidade, é previsível que todo àquele que pretenda colocar no Altar do seu coração os valores distintos dos da maioria, serão, em algum momento, rechaçados...

A Pedra sempre é a fraqueza de quem pensa em arremessá-la contra o próximo, pois a tenacidade com a qual o espírito do próximo é dotado, geralmente é o que lhe falta, considerando negativo o que abunda no próximo em carácter, e se ausenta nele, naturalmente, a rejeição é representada na PEDRA.

A Pedra, amados, nada mais é do que o símbolo dos que fracassaram diante dos próprios limites que se autoimpuseram, por falta de fé, ou mesmo por fraqueza em persistirem na superação de suas más tendências.

Sabeis amados, que todo àquele que encontra dificuldade de superação desta ou daquela má tendência, sempre encontrará na prece e oração a força necessária, dos bons espíritos, que acorrem em seu socorro, disso não tenhais dúvida.

Pedis e obtereis, é a Lei.

Quando notais que certo Irmão resolve por alguma questão não bem elucidada, ou mesmo, mal justificada perseguir outro Irmão, tenham certo, este encontrou naquele alguma virtude que não encontra em si, e ao invés da humildade em estudar-lhe a fim de copiar o bom exemplo, considera mais fácil eliminá-lo de sua convivência, não desconsiderando a possibilidade de atirar-lhes PEDRAS...

Amados, o egoísmo em não reconhecer a pequeneza do espírito em aprendizado constante no casulo de carne, oferta diariamente em muitos exemplos desastrosos, de Irmãos que encontram em seu meio exemplos de fé e esperança, e os ignoram com a justificativa da impossibilidade que haja verdade em tal ou qual comportamento, buscando logo maculá-lo com o fel e a maledicência, atirando-lhes as pedras que têm em mãos.

E é nessa experiência que o Irmão desprendido e centrado em seu crescimento, deve praticar o amor incondicional, o perdão às ofensas, a fim de continuar seu caminho.

Perdoar tantas vezes for necessário, como estudaram no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo X, itens 14 e 15, perdoar ao amigo é prova de amizade, porém, perdoar ao inimigo, àquele que nos traz ofensas é aí que encontrareis o mérito diante do Pai Celestial quanto maior for a ofensa.

Amados, quanto maior a pedra, maior será o galardão ou a recompensa nos céus!

Eu sou vosso Irmão Adolfo Bezerra de Menezes


Psicografia de Elisangelis em 10.08.2011






O COMPROMISSO CRISTÃO... - ANDRÉ LUIZ



O Compromisso Cristão

Saudações amados Irmãos!

Que o amor, o perdão e a fé sempre estejam em vossos corações!

Quando o dia amanhece uma nova esperança se renova, sempre que acordamos, recebemos da divindade a graça da vida em suas manifestações benfazejas.

Quando o espírito traz consigo a convicção de se elevar diante das dificuldades, é salutar que também busque renovar sua disposição diante das dificuldades que se manifestam ora aqui, ora acolá.

Não é igual, nem mesmo proporcional a todos, as dificuldades que assolam a intimidade dos que lutam por se superarem na confiança da vitória no bem. E isso é compatível com a cruz que Deus oferta a cada filho, eis que conhece nossa capacidade e disposição em saldar nossas dívidas, bem como solucionar àquilo que nos cabe.

A cada um segundo suas obras, também está ligado a quanto cada um poderá construir, e o Pai sabe o que cada um é capaz de realizar. Outra expressão bem adequada é esta: será dado àquele que tem e será tirado daquele que não tem.

São expressões que trazem encerradas em si, idéias aparentemente genérica, mas que se aplicada com sabedoria e bom senso, denotam o quanto ainda somos falíveis, quando nos comprometemos a determinadas tarefas e não a cumprimos. Ora se o espírito escolheu a prova pela qual atravessa, com muito mais lógica deverá ele ser consciente de sua capacidade de realização.

A caridade bem compreendida traz as alegrias que a alma necessita para prosseguir em suas atividades rotineiras, na Seara do Cristo Jesus.

Não se espera recompensa, reconhecimento, pois a pratica no silêncio da alma, sem alarde, atendendo à recomendação doutrinária de que a mão esquerda não saiba o que a mão direita dá.

E assim agindo o aprendiz do Mestre Jesus, obterá as mais felizes alegrias que a alma possa experimentar enquanto seguem as pegadas do Cristo.

Jejum, prece e silêncio interior os colocarão em sintonia com vossas tarefas cristãs, sejam elas quais forem, sabeis reconhecer onde estará seu coração, pois como afirmou o Mestre: aonde estiver seu coração, lá estará o seu tesouro.

E quem duvida?

O tesouro da sabedoria, do dever cumprido, do acerto realizado, certamente serão os tesouros mais preciosos que encontrarão na terra, que ninguém poderá tirá-los, ao contrário, as levarão consigo para quando a alma liberta do casulo voará para os domínios com os seus iguais...

E quem completa seu compromisso Cristão, encontra a paz ainda no casulo e pode se tornar, então, o exemplo vivo das benesses do Cristo, tocando a tantos que vierem consigo ter a felicidade da fraterna convivência, despretensiosa, que todo ser amoroso deseja compartilhar com àqueles que lhe são afetos.

Insistam, persistam, a paz e a serenidade são vossas armas do bom combate!

Eu sou vosso Irmão André Luiz


Psicografia de Elisangelis em 10.08.2011




AS PEGADAS DO MESTRE... IRMÃO ISRAEL


As Pegadas do Mestre


Amados Irmãos, que a paz possa habitar o recôndito de vossas almas!

Quando na Seara do Cristo Jesus propomo-nos seguir o exemplo do Gólgota, é sabido que não se trata de caminho ausente de espinhos.

A avaliação do discípulo mede-se por se espelhar nos ensinamentos deixados pelo Mestre, cuja aferição é mais bem classificada quando estão sob os desafios que a vida os cerca.

Os espinhos que encontrarem no caminho, deverão a seu turno, ser superado aplicando-se as elucidadas Leis  Cristãs.

O desafio é grande, no entanto, saem vitoriosos quando sentem que superaram mais um degrau em vosso aprendizado na Escola dos Aprendizes de Cristo Jesus!

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, certamente muito os auxiliará a contornarem toda a dificuldade que se puser na estrada da vida.

Persevereis amados, tenham fé nas promessas, pois a nenhum filho de Deus é feita distinção, vós são perfeitos, cuja reforma íntima, aparas que a alma vem realizar no plano terrestre, constitui a dádiva da experiência que traz renovação, mediante novas oportunidades que se materializam a cada sopro de vida que concretiza.

Não tenhais dúvida que quando vos descerdes a este plano, muitas expectativas alimentaram-se acerca de vossa redenção, todos estão sob as Leis imutáveis, cujos acertos e reequilíbrio os colocam frente a frente aos acertos inequívocos que a Lei reencarnatória propicia.

A humildade em reconhecer que possuímos aspectos de nossa personalidade falível a ser lapidado, é sem dúvida, o que os coloca na condição do aprendiz que busca, sem cessar, a oportunidade de ouro de prosseguir nas pegadas do Mestre Cristo Jesus!

Não há privilegiados, todos são convidados ao banquete do Pai, porém, sabeis que nem todos os chamados serão os escolhidos, não é assim?

E por essa razão, amados Irmãos, devemos mantermos firmes, pois aos que perseveram, as tempestades tornam-se finas neblinas que desaparecem ao raiar do sol...

E todos os dias contamos com a presença do sol, magnânimo, a nos trazer a fé, esperança e a promessa de um novo dia!

Assim é na vida, continuemos firmes, pois o Pai espera muito de nós...

Eu sou o Irmão Israel



Psicografia de Elisangelis em 10.08.2011


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SÉRIE COLÔNIA NOSSO LAR - REUNIÃO 03.08.2011



INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS


O orgulho e a humildade

11. Que a paz do Senhor seja convosco, meus queridos amigos! Aqui venho para encorajar-vos a seguir o bom caminho.
Aos pobres Espíritos que habitaram outrora a Terra, conferiu Deus a missão de vos esclarecer. Bendito seja Ele, pela graça que nos concede: a de podermos auxiliar o vosso aperfeiçoamento. Que o Espírito Santo me ilumine e ajude a tomar compreensível a minha palavra, outorgando-me o favor de pô-la ao alcance de todos! Oh! vós, encarnados, que vos achais em prova e buscais a luz, que a vontade de Deus venha em meu auxílio para fazê-la brilhar aos vossos olhos!
A humildade é virtude muito esquecida entre vós. Bem pouco seguidos são os exemplos que dela se vos têm dado. Entretanto, sem humildade, podeis ser caridosos com o vosso próximo? Oh! não, pois que este sentimento nivela os homens, dizendo-lhes que todos são irmãos, que se devem auxiliar mutuamente, e os induz ao bem. Sem a humildade, apenas vos adornais de virtudes que não possuís, como se trouxésseis um vestuário para ocultar as deformidades do vosso corpo. Lembrai-vos dAquele que nos salvou; lembrai-vos da sua humildade, que tão grande o fez, colocando-o acima de todos os profetas.
O orgulho é o terrível adversário da humildade. Se o Cristo prometia o reino dos céus aos mais pobres, é porque os grandes da Terra imaginam que os títulos e as riquezas são recompensas deferidas aos seus méritos e se consideram de essência mais pura do que a do pobre. Julgam que os títulos e as riquezas lhes são deferidas; pelo que, quando Deus lhos retira, o acusam de injustiça. Oh! irrisão e cegueira! Pois, então, Deus vos distingue pelos corpos? O envoltório do pobre não é o mesmo que o do rico? Terá o Criador feito duas espécies de homens? Tudo o que Deus faz é grande e sábio; não lhe atribuais nunca as idéias que os vossos cérebros orgulhosos engendram.
Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta-se o teu orgulho. Concordarás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. "Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos! Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus colocado tão baixo e a mim tão alto?" E exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo. Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São eternas as riquezas? Não desaparecem quando se extingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti um pouco de humildade! Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento, pois bem digno de compaixão serás.
Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai, portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos. Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que tem seus títulos de nobreza.
Pobre criatura! és mãe, teus filhos sofrem; sentem frio; tem fome, e tu vais, curvada ao peso da tua cruz, humilhar-te, para lhes conseguires um pedaço de pão! Oh! inclino-me diante de ti. Quão nobremente santa és e quão grande aos meus olhos! Espera e ora; a felicidade ainda não é deste mundo. Aos pobres oprimidos que nele confiam, concede Deus o reino dos céus.
E tu, donzela, pobre criança lançada ao trabalho, às privações, por que esses tristes pensamentos? Por que choras? Dirige a Deus, piedoso e sereno, o teu olhar: ele dá alimento aos passarinhos; tem-lhe confiança: ele não te abandonará. O ruído das festas, dos prazeres do mundo, faz bater-te o coração; também desejaras adornar de flores os teus cabelos e misturar-te com os venturosos da Terra. Dizes de ti para contigo que, como essas mulheres que vês passar, despreocupadas e risonhas, também poderias ser rica. Oh! caia-te, criança! Se soubesses quantas lágrimas e dores inomináveis se ocultam sob esses vestidos recamados, quantos soluços são abafados pelos sons dessa orquestra rumorosa, preferirias o teu humilde retiro e a tua pobreza. Conserva-te pura aos olhos de Deus, se não queres que o teu anjo guardião para o seu seio volte, cobrindo o semblante com as suas brancas asas e deixando-te com os teus remorsos, sem guia, sem amparo, neste mundo, onde ficarias perdida, a aguardar a punição no outro.
Todos vós que dos homens sofreis injustiças, sede indulgentes para as faltas dos vossos irmãos, ponderando que também vós não vos achais isentos de culpas; é isso caridade, mas é igualmente humildade. Se sofreis pelas calúnias, abaixai a cabeça sob essa prova. Que vos importam as calúnias do mundo? Se é puro o vosso proceder, não pode Deus vo-las compensar? Suportar com coragem as humilhações dos homens é ser humilde e reconhecer que somente Deus é grande e poderoso.
Oh! meu Deus, será preciso que o Cristo volte segunda vez à Terra para ensinar aos homens as tuas leis, que eles olvidam? Terá que de novo expulsar do templo os vendedores que conspurcam a tua casa, casa que é unicamente de oração? E, quem sabe? ó homens! se o não renegaríeis como outrora, caso Deus vos concedesse essa graça! Chamar-lhe-íeis blasfemador, porque abateria o orgulho dos modernos fariseus. E bem possível que o fizésseis perlustrar novamente o caminho do Gólgota.
Quando Moisés subiu ao monte Sinai para receber os mandamentos de Deus, o povo de Israel, entregue a si mesmo, abandonou o Deus verdadeiro. Homens e mulheres deram o ouro e as jóias que possuíam, para que se construísse um ídolo que entraram a adorar. Vós outros, homens civilizados, os imitais. O Cristo vos legou a sua doutrina; deu-vos o exemplo de todas as virtudes e tudo abandonastes, exemplos e preceitos. Concorrendo para isso com as vossas paixões, fizestes um Deus a vosso jeito: segundo uns, terrível e sanguinário; segundo outros, alheado dos interesses do mundo. O Deus que fabricastes é ainda o bezerro de ouro que cada um adapta aos seus gostos e às suas idéias.
Despertai, meus irmãos, meus amigos. Que a voz dos Espíritos ecoe nos vossos corações. Sede generosos e caridosos, sem ostentação, isto é, fazei o bem com humildade. Que cada um proceda pouco a pouco à demolição dos altares que todos ergueram ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos e tereis o reino da verdade. Não continueis a duvidar da bondade de Deus, quando dela vos dá ele tantas provas. Vimos preparar os caminhos para que as profecias se cumpram. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais retumbante da sua demência, que o enviado celeste já vos encontre formando uma grande família; que os vossos corações, mansos e humildes, sejam dignos de ouvir a palavra divina que ele vos vem trazer; que ao eleito somente se deparem em seu caminho as palmas que aí tenhais deposto, volvendo ao bem, à caridade, à fraternidade. Então, o vosso mundo se tornará o paraíso terrestre. Mas, se permanecerdes insensíveis à voz dos Espíritos enviados para depurar e renovar a vossa sociedade civilizada, rica de ciências, mas, no entanto, tão pobre de bons sentimentos, ah! então não nos restará senão chorar e gemer pela vossa sorte. Mas, não, assim não será. Voltai para Deus, vosso pai, e todos nós que houvermos contribuído para o cumprimento da sua vontade entoaremos o cântico de ação de graças, agradecendo-lhe a inesgotável bondade e glorificando-o por todos os séculos dos séculos. Assim seja. Lacordaire. (Constantina, 1863.)
12. Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado de todos os lados.
Generaliza-se o mal-estar. A quem inculpar, senão a vós que incessantemente procurais esmagar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência; mas, como pode a benevolência coexistir com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-lo, se não lhe quiserdes perpetuar as funestas conseqüências. Um único meio se vos oferece para isso, mas infalível: tomardes para regra invariável do vosso proceder a lei do Cristo, lei que tendes repelido ou falseado em sua interpretação.
Por que haveis de ter em maior estima o que brilha e encanta os olhos, do que o que toca o coração? Por que fazeis do vício na opulência objeto das vossas adulações, ao passo que desdenhais do verdadeiro mérito na obscuridade? Apresente-se em qualquer parte um rico debochado, perdido de corpo e alma, e todas as portas se lhe abrem, todas as atenções são para ele, enquanto ao homem de bem, que vive do seu trabalho, mal se dignam todos de saudá-lo com ar de proteção. Quando a consideração dispensada aos outros se mede pelo ouro que possuem ou pelo nome de que usam, que interesse podem eles ter em se corrigirem de seus defeitos?
Dar-se-ia o inverso, se a opinião geral fustigasse o vicio dourado, tanto quanto o vicio em andrajos; mas, o orgulho se mostra indulgente para com tudo o que o lisonjeia. Século de cupidez e de dinheiro, dizeis. Sem dúvida; mas por que deixastes que as necessidades materiais sobrepujassem o bom senso e a razão? Por que há de cada um querer elevar-se acima de seu irmão? Desse fato sofre hoje a sociedade as conseqüências.
Não esqueçais que tal estado de coisas é sempre sinal certo de decadência moral. Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indicio de queda próxima, porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos. Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo a reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando lhes desfere no orgulho para os advertir. Mas, em lugar de se humilharem, eles se revoltam. Então, cheia a medida, Deus os abate completamente e tanto mais horrível lhes é a queda, quanto mais alto hajam subido.
Pobre raça humana, cujo egoísmo corrompeu todas as sendas, toma novamente coragem, apesar de tudo. Em sua misericórdia infinita, Deus te envia poderoso remédio para os teus males, um inesperado socorro à tua miséria. Abre os olhos à luz: aqui estão as almas dos que já não vivem na Terra e que te vêm chamar ao cumprimento dos deveres reais. Eles te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são mesquinhas a par da eternidade. Dir-te-ão que, lá, o maior é aquele que haja sido o mais humilde entre os pequenos deste mundo; que aquele que mais amou os seus irmãos será também o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da sua autoridade, ver-se-ão reduzidos a obedecer aos seus servos; que, finalmente, a humildade e a caridade, irmãs que andam sempre de mãos dadas, são os meios mais eficazes de se obter graça diante do Eterno. -Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1862.)


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TODOS OS CAMINHOS LEVAM À ROMA! - ANDRÉ LUIZ



Todos os Caminhos levam à Roma!

Saudações fraternas da Colônia Nosso Lar!

Eu sou o Vosso Irmão André Luiz.

Meus caros Irmãos, que o amor Cristão esteja convosco.

A vida sempre traz desafios que devemos observar, e nunca devemos aceitar aquilo que não condiz com as nossas crenças, pessoais, religiosas ou filosóficas. Sempre devemos nos alinhar e renovar forças no sentido de encontrarmos a paz.

É salutar que quando vocês estejam em algum caminho sinuoso, parem e observem o que uma curva ou outra poderia desviá-lo do caminho, não é assim?

As curvas representam as paradas que poderão ter no caminho a fim de repensarem o destino, ou mesmo, oportunidades de descanso e reflexão oportuna.

Não há entre todos que passaram na Terra uma regra que os coloque directamente no crescimento Espiritual que todos esperam. 

Há regras que se aplicam a todos, porém, respeitando-se essas leis, o caminho, poderá ser o qual vocês escolherem.

Assim, muitos se perdem pois não percebem qual seja o seu real caminho.

E isso, é muito pessoal, pois você pode traçar, planejar e na execução ocorrerem imprevistos que só você poderá contornar a fim de retomar o caminho inicial, não é assim na vida?

E quem conhece o caminho inicial, somente o seu coração em Harmonia com a sua consciência tem essa informação, eis que foi conhecida quando do seu plano pré-encarnatório.

Vocês poderão ir a Roma por vários caminhos, mas se conhecem onde querem chegar, não tem problema, lá chegarão, se a Vontade e  o amor venceram tudo que encontrarem no caminho e retomarem a jornada rumo a Roma.

Portanto, meus caros Irmãos, peço-vos que conheçam com desprendimento qual é o destino pretendido, pois assim, os desafios tornam mais facilmente contornáveis, a medida que visualizarão prontamente o que deverão fazer para alcançarem o destino.

Sem as ilusões que possam surgir no caminho, vocês terão condições de dominar as circunstâncias que poderiam, de algum modo, atrapalhar-lhes a chegada certa.

O tempo, a execução do plano de ida a Roma, é livre, pois é o privilégio que
que cada um saiba usar a disposição e a consciência em sintonia com as Leis de Deus para, sem feri-las, obter o passaporte que os levará a tão sonhada Roma dos sonhos de cada um de vocês!

Levais às mãos para a Consciência quando sentirdes que algo não está de acordo com os vossos objetivos, pois vocês serão beneficiados pelo recesso que todo o Espírito tem direito, quando assim vós pedis a Deus, a fim de se situar no caminho tracejado.

Coragem meus Irmãos, há de se ter muito Amor e Coragem para vencer os medos que ainda jazem nas mentes e corações, cansados pelas desilusões do caminho já percorrido.

Perseverem, pois quando confiam e se entregam à jornada Espiritual com Amor e Desprendimento, o fardo se torna leve e quando menos perceberem, chegam ao destino.

Que a caminhada seja suave, os desafios sejam corajosamente superados e o objetivo alcançado.

Eu sou o Vosso Irmão André Luiz.

Mensagem psicografada por Elisangelis
em conferência com André Martins, em 03.08.2011.