quarta-feira, 24 de agosto de 2011

SICÔMOROS - JOSÉ DE ARIMATÉIA



Sicômoros*

Os Irmãos da Antiga Roma reuniam-se em locais distantes da agitação urbana para falarem da nova doutrina do Cristo.

Temerosos da ação repressiva do Império da época mantinham suas identidades preservadas, pois a pena era a de morte, caso fossem acusados de traição ao Imperador, como era a hipótese dos que acompanham a doutrina religiosa recém anunciada pelo Cristo Jesus.

Éramos muitos e quando nos encontrávamos em nossas cavernas, casas abandonadas, reclusões discretas, bebíamos os ensinamentos que os mais veteranos transmitia-nos...

As reuniões eram esperadas como o noivo aguarda a noiva em sua boda nupcial.

As dificuldades para se contactar as idéias difundidas pelo Mestre e seus Discípulos eram cautelosamente transportas, mediante fé e perseverança de todos os participantes.

Hoje, 2000 anos após, os encontros podem ser realizados em vias públicas, locais públicos previamente autorizados para tanto, cuja linguagem não mais possuiu o segredo de outrora, nem mesmo o ar proibitivo.

No entanto, a presença nesses lugares destinados aos estudos religiosos, por não mais ser secreto parecem não mais despertar a curiosidade do passado.

É sabido que o conhecimento é formulado no interior de cada um, no entanto, é imprescindível àquele que busca crescer em sua jornada espiritual, pois a troca afetuosa dos ensinamentos que o Cristianismo clarifica traz a paz necessária para o equilíbrio social e familiar.

Amados Irmãos, é salutar que incentivem os estudos em pequenos grupos, pois as células são a centelha de luz que poderão assim trazer-lhes a renovação necessária aos que caminham na jornada redentora da Terra.

Fortalecer a raiz para que independente das intempéries possa resistir a todos os fenômenos climáticos que ponham em risco vossa árvore frondosa, cujos frutos se não aproveitados no momento presente, certamente o serão no futuro, bastando para isso que estejam firmes como o Sicômoro.

Persistam, a vontade em alcançar a essência do amor Cristão é a força que os mantém conectados à seiva que alimenta o caule da alma e os fortalece o espírito aprendiz.

Eu sou o Irmão José de Arimatéia



Psicografia de Elisangelis em 24.08.2011


Nota: Sicômoro*

Sicômoro
[hebr.: shiqmáh].

Esta árvore mencionada nas Escrituras Hebraicas não tem nenhuma relação com o sicômoro norte-americano, que é um tipo de plátano (ou falso-plátano). Pelo que parece, trata-se do “sicômoro-figueira” de Lucas 19:4. Esta árvore (Ficus sycomorus) tem frutos semelhantes aos da figueira comum, mas sua folhagem é semelhante à da amoreira. Atinge a altura de 10 a 15 m, é resistente, e pode atingir várias centenas de anos de vida. Dessemelhante da figueira comum, o sicômoro (sicômoro-figueira) é uma sempre-verde. Ao passo que suas folhas em forma de coração são menores que as da figueira, a folhagem é densa e ampla, e a árvore oferece uma boa sombra. Por este motivo, freqüentemente era plantada à beira das estradas. O tronco curto e robusto logo se ramifica com os ramos mais baixos perto do solo, e isto tornava a árvore conveniente à beira da estrada para um homem baixo, tal como Zaqueu, subir nela para ver Jesus. — Lu 19:2-4.

Os figos crescem em cachos abundantes, são menores do que os da figueira comum e são inferiores a eles. Atualmente, é costume dos cultivadores egípcios e cipriotas de sicômoros(-figueira) pungir os frutos prematuros com um prego ou outro instrumento pontiagudo, para tornar o fruto comestível. O risco ou furo nos figos verdoengos do sicômoro provoca um acentuado aumento na emanação do gás etileno, o que acelera consideravelmente (de três a oito vezes) o crescimento e o amadurecimento do fruto. Isto é importante, visto que de outro modo o fruto não se desenvolve plenamente e continua duro, ou é estragado por vespas parasíticas que penetram no fruto e habitam nele para reprodução. Isto lança alguma luz sobre a ocupação do profeta Amós, que descreve a si mesmo como “boeiro e riscador de figos de sicômoros”. — Am 7:14.

Além de crescerem no vale do Jordão (Lu 19:1, 4) e em torno de Tecoa (Am 1:1; 7:14), os sicômoros eram especialmente abundantes nas terras baixas da Sefelá (1Rs 10:27; 2Cr 1:15; 9:27), e embora seu fruto não fosse da qualidade da figueira comum, o Rei Davi o achava de valor suficiente para colocar os pomares da Sefelá sob um administrador. (1Cr 27:28) Os sicômoros(-figueira) evidentemente eram abundantes no Egito na época das Dez Pragas, e continuam a prover ali alimento até hoje. (Sal 78:47) A madeira é um tanto macia e porosa, e bastante inferior à do cedro, mas é bem durável e era muito usada em construção. (Is 9:10) Encontraram-se em túmulos egípcios caixões de múmias, feitos de sicômoro, que ainda estão em boas condições depois de uns 3.000 anos.

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